O presidente do Novo Banco, Stock da Cunha afirmou hoje não saber qual o valor da instituição financeira perante os resultados apresentados dos últimos cinco meses de 2014. Quando aos clientes lesados pelo ex-BES, não descarta uma solução.
Corpo do artigo
«Não sei quanto vale o Novo Banco, mas como se diz lá em casa, vale aquilo que derem por ele», referiu Stock da Cunha na apresentação de resultados de 2014 aos jornalistas em Lisboa, em que a instituição financeira obteve um prejuízo de 468 milhões de euros.
O presidente do Novo Banco adiantou que a questão do valor da instituição financeira não lhe ocupa «5% das preocupações do dia-a-dia», acrescentando que, desde que chegou ao banco, a sua preocupação tem sido criar valor e não estar a pensar «no processo de venda».
Apesar disso, Stock da Cunha referiu que «há uma perceção muito grande de que o Novo Banco é muita mais sólido e mais forte do que há uns meses atrás», ressaltando, no entanto, que não se deve pronunciar sobre a venda: «essas perguntas devem ser dirigidas à Rua do Comércio [Banco de Portugal]», disse.
Sobre o papel comercial do Grupo Espírito Santo, Stock da Cunha insiste que não desiste de encontrar uma solução e repetiu aquilo que já tinha dito no parlamento, que não atira a toalha ao chão.
Para este problema, que faz questão de lembrar não ser do Novo Banco, diz que está a analisar várias propostas do Banco de Portugal.
Para o presidente executivo do Novo Banco, encontrar uma solução para os cerca de 2500 clientes que compraram papel comercial do GES, é mais difícil porque se trata de divida de terceiros e que não está proibido pelo Banco de Portugal de encontrar um caminho para estes clientes.
No entanto, remata Stock da Cunha, essa solução precisa de uma autorização expressa do regulador que evite impactos na liquidez, capital e rentabilidade do Novo Banco.