O líder parlamentar socialista considerou que a subida de impostos anunciada por Pedro Passos Coelho tem a oposição do PS e significa «mais sobre os mesmos».
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O PS considerou que os aumentos de impostos anunciados esta sexta-feira pelo primeiro-ministro ultrapassam «todos os limites admissíveis», sendo altura de dizer «basta».
Após o anúncio do primeiro-ministro de mais medidas de austeridade, o líder parlamentar socialista explicou que o «PS opõe-se ao conjunto destas medidas e ao que elas significam».
«Na prática, os reformados e funcionários públicos ficam sem dois salários ou pensões que já lhes tinham sido cortados este ano, e os trabalhadores do setor privado ficam sem o equivalente a um salário, o que se traduz, efetivamente, num aumento de impostos», acrescentou Carlos Zorrinho.
Para este dirigente socialista, este anúncio de Passos Coelho significa «mais sobre os mesmos», «mais sacrifícios sobre os trabalhadores e os reformados».
«A espiral recessiva alimenta uma pretensa necessidade de novas medidas que, por sua vez, só alimentam o problema. É tempo de dizer basta», concluiu.
Numa outra frente e no debate entre socialistas, o deputado André Figueiredo considera que o PS devida ter sido mais frontal já ontem à noite na oposição ao próximo Orçamento de Estado.
Este antigo dirigente nacional do Partido, no tempo de José Sócrates, ouviu Carlos Zorrinho criticar a austeridade e as novas medidas do Governo, mas disse à TSF que mesmo não se sabendo tudo sobre as propostas orçamentais do Governo o que se sabe é suficientemente grave.
O semanário Expresso afirma, este sábado, numa única frase que o PS vai votar contra o Orçamento do Estado. A TSF já contactou fonte da direcção socialista que optou por não confirmar nem desmentir esta notícia.