Numa entrevista à TSF, o homem que chefiou a troika nos últimos oito meses, fala da gastronomia e do orgulho saudável dos portugueses numa história gloriosa.
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Desde setembro do ano passado, que Subir Lall, o economista indiano do Fundo Monetário Internacional (FMI) que chefia as missões da troika em Portugal, reencontrou a cultura e a gastronomia portuguesa.
O primeiro contacto com a tradição portuguesa aconteceu na juventude, nas visitas a Goa.
Mais tarde, quando estudou na universidade de Brown, em Rhode Island, nos Estados Unidos, Subir Lall aprofundou o gosto pela comida portuguesa, porque viveu numa vizinhança de emigrantes lusos.
Gosta de bacalhau e de todo o peixe e marisco portugueses. Comeu pastéis de Belém e, nestes quase oito meses de viagens a Portugal, visitou todo o roteiro monumental de Lisboa.
Tem pena de não ter saído da capital e, por isso, promete voltar como turista.
Subir Lall, acha que o espírito globalizador do povo que fez os descobrimentos quinhentistas, será a chave para ultrapassar este momento menos feliz. Considera os portugueses, um povo «justificadamente orgulhoso».
Sobre os interlocutores portugueses acredita na sinceridade de todos e no empenho em construir um futuro melhor para o país. Mas também diz que só com uma visão de consenso, voltada para um futuro a 5 ou 10 anos, será possivel tornar a sociedade melhor para as gerações futuras.
A entrevista foi pedida pela TSF em dezembro do ano passado, e foi realizada na passada sexta-feira, já depois de concluída a 12ª avaliação prevista pelo Memorando de Entendimento.
Como combinado, foi uma conversa sobre Portugal e os portugueses, que deixou de lado a forma como foi aplicado o ajustamento e as negociações das diversas medidas.