O Sudão do Sul, em conflito aberto sobre a partilha de recursos petrolíferos, afirmou ter suspendido a sua produção de petróleo, considerando ainda insuficientes as concessões avançadas por Cartum.
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«Muito pouco petróleo [foi produzido], não há exportação em direção ao norte», disse à AFP o ministro sul-sudanês do Petróleo e das Minas, Stephen Dhieu Dau.
Segundo a agência noticiosa francesa, esta afirmação não pôde ser verificada por qualquer fonte independente.
Para tentar desbloquear as negociações que decorrem em Addis Abeba sob a mediação da União Africana, o Sudão anunciou sábado que ia libertar uma parte do petróleo sul-sudanês que tinha confiscado a três navios que transportavam um total de 2,2 milhões de barris de petróleo que estão retidos na cidade de Port-Soudan. Todavia Juba considera esta proposta insuficiente.
«Se queremos continuar a negociar com Kartum, eles devem responder aos pedidos mínimos. O petróleo roubado deve ser devolvido ao Sudão do Sul», disse Dau.
O Sudão do Sul, independente do Sudão desde julho do ano passado, detém três quartos das reservas de petróleo do antigo Estado, mas todos os seus oleodutos e portos de saída são controlados por Cartum.
Cartum acusa o Sudão do Sul de nunca ter pago as taxas aduaneiras e de trânsito e admitiu ter confiscado 1,7 milhões de barris, dos mais de 2,3 milhões retidos nos três petroleiros.
[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]