A Associação Mundial de Produtores de Tabaco duvida que o aumento da carga fiscal signifique mais receitas para o Estado. A indústria tabaqueira teme o aumento do contrabando, mas a Confederação para a Prevenção do Tabagismo aplaude a ideia.
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A ideia foi apresentada hoje pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP) na reunião da concertação social. A CIP defende uma subida em 30% sobre o imposto do tabaco como uma alternativa ao aumento da contribuição dos trabalhadores para a Taxa Social Única (TSU).
A Associação Mundial de Produtores de Tabaco duvida que a subida do imposto represente mais receitas para o Estado.
Já a Confederação para a Prevenção do Tabagismo aplaude a ideia. Luís Rebelo, presidente deste organismo, diz que há vários estudos internacionais que provam que esta é a medida mais eficaz para diminuir o número de fumadores.
Contactada pela TSF, fonte da indústria tabaqueira diz que a subida fiscal na ordem dos 30% teria como consequência uma subida média de 1,20 euros por maço e provocaria um aumento muito significativo do contrabando, sobretudo a partir de Espanha, e da contrafação. Acrescenta ainda que a quebra de receita fiscal estimada seria da ordem dos 200 milhões de euros.
A CIP calcula que uma subida de 30% do imposto sobre o tabaco leva a uma receita adicional de 480 milhões de euros.