Houve cisão na plataforma de sindicatos da TAP e três deles decidiram manter a greve, contra os restantes nove que abandonaram a estrutura. Pires de Lima fala numa «ótima prenda de Natal».
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Os sindicatos que mantêm o pré-aviso são: Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aviação Civil (SINTAC) e Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), segundo avançou à TSF Paulo Duarte, do SITAVA.
Segundo Paulo Duarte, estes três sindicatos representarão mais de metade dos trabalhadores sindicalizados na TAP.
O sindicalista avançou ainda que os trabalhadores representados pelos três sindicatos vão cumprir «com o que está determinado», seja a requisição civil seja os serviços mínimos.
Os restantes nove sindicatos decidiram desconvocar a greve. «Os Sindicatos signatários e o Governo aceitaram as bases de um memorando visando a criação das condições subjacentes ao funcionamento do Grupo de Trabalho, no âmbito da eventual reprivatização do Grupo TAP», anunciaram em comunicado os sindicatos dos Economistas, dos Engenheiros, dos Contabilistas, das Indústrias Metalúrgicas e Afins, dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves, dos Pilotos da Aviação Civil, dos Quadros da Aviação Comercial, dos Técnicos de Handling de Aeroportos e o Sindicato Nacional dos Engenheiros.
Neste pressuposto, consideram estar «reunidas as condições para a desconvocação da greve».
O ministro da Economia anunciou na quinta-feira passada que o Governo decidiu decretar uma requisição civil dos trabalhadores da TAP para minimizar o impacto da greve dos dias 27 a 30 deste mês.
A requisição civil abrange cerca de 70% dos trabalhadores da TAP, permitindo realizar todos os voos previstos para os quatro dias da greve.