O Presidente da República considera que a TAP é "muito importante para o nosso país", mas que "tem que ser rentável". Cavaco Silva lembra que uma autorização da UE para injeção de capital por parte do Estado poderia levar a "despedimentos muito elevados e encerramento de rotas".
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"É matéria que compete totalmente ao Governo, fazer as negociações que entende que deve fazer", disse o presidente da República à margem de uma visita a uma empresa de brinquedos, em Loures.
Depois de o primeiro-ministro ter afirmado, em Bruxelas, que o Estado retomará a maioria do capital da transportadora aérea mesmo sem o acordo com os compradores privados, Cavaco Silva sublinhou que as negociações cabem apenas ao Governo, que deve ter "presente que a TAP é uma companhia muito importante para o nosso país, principalmente pelos turistas que traz para Portugal e, para isso, tem que ser rentável".
Sem se manifestar a favor ou contra a retoma da maioria do capital para o Estado, Cavaco Silva sublinhou que, caso a União Europeia autorizasse mais investimento público na empresa, a situação poderia levar a "despedimentos muito elevados e o encerramento de rotas".
O presidente da República deu como exemplo "aquilo que aconteceu em Chipre, na Polónia, na Alitalia e noutras companhias", ou seja, casos em que houve capitalização de companhias aéreas públicas, pelo Estado, e que resultaram em duros processos de reestruturação, de venda ou até, no caso de Chipre, na suspensão da atividade operacional.