A TAP manifesta-se surpreendida com a decisão do Sindicato dos Pilotos de uma greve de 10 dias e lembra os custos elevados que a greve esta poderá impor à companhia.
Corpo do artigo
Setenta milhões de euros é quanto poderá custar a greve de 10 dias que os pilotos da TAP ameaçam fazer no inicio de maio.
Ouvido pela TSF; o porta voz da companhia aérea, António Monteiro, não quis confirmar a estimativa avançada por outra fonte da TAP, citada pela agência Lusa, e que aponta para um custo da greve na ordem dos 70 milhões de euros. Ainda assim, António Monteiro diz não ter duvidas de que, a confirmar-se, esta paralisação irá comprometer os resultados de 2015.
O porta-voz da TAP diz que a empresa foi apanhada de surpresa com o pré-aviso de greve, anunciado quarta-feira pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil. António Monteiro lamenta a falta de bom senso e acusa o sindicato de má-fé.
Citada pela agência Lusa, fonte oficial da transportadora aérea dava conta, na quarta-feira, de que uma eventual greve de 10 dias teria «um impacto brutal" para a TAP, com um custo avaliada em pelo menos 70 milhões de euros, a que acrescem valores «não quantificáveis», que têm a ver com a «confiança do mercado, montante que não é quantificável».
A mesma lembrou que «a TAP tem estado sempre em negociações, nunca abandonou a mesa das negociações e foi surpreendida com a decisão do Sindicato dos Pilotos de aprovar uma greve de 10 dias, com início a 01 de maio deste ano».
No comunicado divulgado com a decisão da greve, com 30 pontos, o Sindicato dos Pilotos afirma que, «em consequência de decisão prévia do Tribunal Arbitral, em 10 de janeiro de 1999, foi livremente e de boa-fé celebrado um acordo, que (...) declara que a TAP e o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) que do acordo de empresa agora celebrado resultarão ganhos de produtividade para a empresa, prescindindo os pilotos nessa celebração de determinadas vantagens e benefícios, tendo em conta sobretudo o interesse empresarial que os envolve».
Nesse contexto, o sindicato diz que «(...) a TAP e o SPAC admitem que a participação no capital social da futura sociedade de transportes aéreo por parte dos pilotos se possa situar, indicativamente, entre 10% e 20% do respetivo capital social (...)».