A transportadora aérea portuguesa registou um lucro de 177,3 milhões de euros, no ano passado.
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Depois da turbulência na gestão, a TAP fechou o ano de 2023 com o resultado líquido "mais elevado de sempre", registando um lucro de 177,3 milhões de euros, avançou esta quarta-feira a companhia aérea. As receitas ultrapassaram pela primeira vez os quatro mil milhões de euros.
Em comunicado, a transportadora aérea portuguesa informa que este lucro representa uma subida relativamente ao ano anterior, em que o resultado líquido tinha ficado pelos 65,3 milhões de euros.
A companhia indica ainda que "as receitas operacionais em 2023 atingiram o valor mais alto de sempre da história do grupo, superando a marca dos quatro mil milhões de euros, atingindo um valor de 4,2 mil milhões euros, aumentando em 730 milhões euros (+20,9%) face a 2022".
"Este valor recorde e este crescimento consistente refletem e confirmam a abordagem estratégica da TAP face às oportunidades de mercado", destaca a empresa.
Para este ano, a companhia promete continuar a executar a estratégia para se transformar numa companhia aérea estruturalmente sustentável, melhorando continuamente as operações, “investindo nos trabalhadores e clientes, fortalecendo o foco nos mercados-chave e na estratégia para os mesmos, capitalizando os bons resultados financeiros, gerindo as pressões sobre os custos, melhorando a geração de fluxos de caixa e continuando a trajetória de desalavancagem".
Citado no comunicado, o presidente executivo, Luís Rodrigues, considera que "os bons resultados de 2023 confirmam o caminho de recuperação efetuado nos últimos anos pela TAP".
O gestor adianta que “o aumento da pontualidade e da regularidade na segunda metade do ano, bem como do NPS (que mede o índice de satisfação do Cliente), provam o foco da organização em executar um melhor serviço para os nossos passageiros".
Luís Rodrigues considera ainda que “a assinatura dos novos acordos de empresa confirma o reconhecimento e o compromisso perante os nossos Trabalhadores. 2024 será um ano desafiante que testará o foco da organização, para o qual necessitamos do compromisso de todos para estabelecermos a TAP como uma das empresas mais atrativas do sector".
Ao todo, em 2023, a TAP transportou 15,9 milhões de passageiros, representando um aumento de 15,2% em relação a 2022, atingindo 93% dos valores alcançados em 2019. Igualmente em 2023, o número total de voos operados também aumentou em 11,0%, atingindo 88% dos níveis pré-crise.
A capacidade superou os níveis pré-crise de 2019, atingindo 101%, representando um aumento de 14,9% face a 2022. O Load Factor aumentou 0,8 p.p. em termos homólogos, atingindo 80,8% em 2023, melhorando também em 0,7 p.p. face a 2019.
Os custos operacionais recorrentes ascenderam a 3 829,0 milhões, aumentando em 18,3% quando comparado com o valor de 2022.
No final do ano de 2023, o presidente da TAP, Luís Rodrigues, fez saber que continua a defender a privatização como sendo “a melhor solução” para a empresa, mas reconhece que há poucas probabilidades de o processo ficar concluído em 2024.
No último congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, Luís Rodrigues afirmou que encontrou uma operação desorganizada, quando chegou à companhia em abril, na sequência da demissão dos anteriores gestores e adiantou que havia “aviões contratados fora, a fazer operações para a TAP e ao mesmo tempo tínhamos aviões no chão.
O líder da companhia admitiu, então, que a privatização era a melhor forma da gestão se libertar dos constrangimentos que condicionam uma empresa pública. Mas, se tal não for possível, pede uma exceção que permita libertar a TAP dos entraves administrativos.
Quando chegou à TAP, garante que a primeira coisa que fez, foi ouvir as pessoas e no diagnóstico, indica o desfasamento de horários e problemas de operação, como problemas a resolver por considerar fundamental para o setor da aviação, adiantando que a equipa conseguiu introduzir o horário de inverno em novembro que corrigiu muitas coisas.
Notícia alterada às 11h32
