TAP: PS elogia suspensão da privatização e diz que Governo foi obrigado a recuar
O líder parlamentar do PS considerou hoje que a decisão de suspender a privatização da TAP foi «boa» para Portugal, num processo «pouco transparente» e em que o Governo foi «obrigado» a recuar.
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Em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, Carlos Zorrinho sustentou que o Governo «foi obrigado a recuar na sua intenção de concluir o processo de privatização da TAP, que começou mal e nunca mais foi transparente».
«É muito importante que o Governo tire todas as ilações sobre aquilo que aconteceu. A venda de bens públicos tem duas condições fundamentais: Deve salvaguardar os interesses estratégicos nacionais e o Governo continua a não regulamentar; estas vendas devem ser feitas não entre amigos, não em venda direta, mas em concursos internacionais transparentes e o mais abertos possíveis», disse o líder da bancada socialista.
Carlos Zorrinho disse esperar que o executivo, «que teve um falhanço de capacidade de gestão neste processo, pelo menos tire as ilações para privatizações futuras».
Interrogado sobre a urgência de uma injeção de capital na TAP, o presidente do Grupo Parlamentar do PS sustentou que «há formas» de esse processo financeiro se concretizar.
«Reconhecemos que a TAP é uma das empresas em que está previsto poder ser privatizada, mas a questão fundamental é a forma como isso é feito. Se houver um concurso internacional aberto, se forem salvaguardados os interesses nacionais, certamente que haverá outros e melhores candidatos», acrescentou o presidente do Grupo Parlamentar do PS.