A taxa de desemprego de julho de 2017 situou-se em 8,9%, anunciou o INE. É o valor mais baixo observado desde novembro de 2008, quando se registou igualmente uma taxa de 8,9%.
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O Instituto Nacional de Estatística reviu, esta sexta-feira em baixa, de 0,2 pontos percentuais a taxa de desemprego de julho para 8,9%, o valor mais baixo desde novembro de 2008, estimando para agosto a manutenção do mesmo valor.
O valor apurado para julho representa uma descida em 0,2 pontos percentuais face ao mês anterior e menos 0,6 pontos percentuais em relação a três meses antes, sinaliza o INE.
A estimativa provisória da população desempregada de agosto foi de 461,4 mil pessoas, tendo aumentado 0,4% (1,8 mil) em relação ao mês anterior (julho de 2017) e diminuído 2,6% (12,4 mil) face ao observado três meses antes (maio de 2017).
Já a estimativa provisória da população empregada foi de 4,697,8 milhões de pessoas, tendo diminuído 0,1% (5,1 mil) face ao mês anterior (julho de 2017) e aumentado 0,5% (25,4 mil) em relação a três meses antes (maio de 2017), sinaliza o INE.
A estimativa provisória da taxa de desemprego avançada pelo instituto para agosto deste ano (8,9%) compara com os 10,9% apurados um ano antes.
De acordo com o INE, em agosto, a taxa de desemprego das mulheres (9,4%) excedeu a dos homens (8,5%) em 0,9 pontos percentuais, tendo-se a primeira mantido inalterada face ao mês anterior e a segunda aumentado 0,1 pontos percentuais.
A taxa de desemprego dos jovens situou-se em 24,6% e aumentou 1,6 pontos percentuais em relação ao mês precedente. Já a taxa de desemprego dos adultos foi de 7,7% e diminuiu 0,1 pontos percentuais em relação àquele mês.
Governo está satisfeito... mas quer ir mais além
O secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, considera que os números mostram que a economia está mais dinâmica e que o governo tomou a decisão certa ao repor os rendimentos das famílias.
Em declarações à TSF, Miguel Cabrita disse que a confiança dos investidores, dos empresários e dos consumidores aumentou, o que "cria cria novas condições de investimento e de geração de emprego".
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O secretário de Estado reconheceu, no entanto, que, apesar do emprego criado, há ainda muito a fazer para acabar com o trabalho precário.
"Há ainda sinais evidentes de precariedade, que não deixam de nos preocupar", admitiu Miguel Cabrita.
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Apesar de tudo, o secretário de Estado defendeu que a redução do desemprego "não é apenas conjuntural, nem sequer sazonal".
"Em segmentos como o desemprego de longa duração e o dos jovens houve melhorias muito sensíveis", realçou Miguel Cabrita. "O que está em causa claramente é uma tendência estruturada e sustentada do mercado de emprego e é para essa que o governo quer contribuir", afirmou.