De acordo com um estudo sobre o aforro no nosso país, a taxa de poupança ronda agora os dez por cento, mas deveria ser o dobro para garantir alguma solidez a economia nacional.
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Um estudo realizado pela Universidade do Minho mostra que a taxa de poupança das famílias portuguesas desceu dos 24 por cento em 1985, para apenas dez por cento no final dos anos e ai se tem mantido.
A TSF, o coordenador deste estudo, Fernando Alexandre, explicou as razões que estão na base deste decréscimo na aposta no mealheiro.
«As famílias deixaram de ter que fazer uma poupança porque os mercados desenvolveram-se e as taxas de juro baixaram muito a partir de meados dos anos 90, o que tornou praticamente universal o acesso ao crédito», destacou Fernando Alexandre, acrescentando que «em Portugal 90 por cento da poupança está concentrada em 30 por cento das famílias, isto é, há 70 por cento de famílias que praticamente não poupam».
Fernando Alexandre acredita que a tendência de gastar muito vai inverter-se porque a crise vai obrigar todos a poupar.
«As previsões, que estão no Orçamento, indicam uma quebra do PIB na ordem dos três por cento e no consumo é da ordem dos cinco por cento. Ora, a poupança diminui quando o consumo cresceu mais que o rendimento, e agora vamos ter o consumo a cair mais do que o rendimento, o que quer dizer que a taxa de poupança vai aumentar», explicou.
O estudo a poupança em Portugal da responsabilidade da Universidade do Minho foi apresentado esta terça-feira.