O Diário Económico revelou que as subidas das taxas serão de 7,56 por cento em Lisboa e de 1,5 por cento no Porto e que terão um impacto de 10 milhões de euros nos custos das companhias aéreas. A Associação de Turismo de Lisboa critica a decisão.
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As taxas nos aeroportos de Lisboa e Porto vão subir pela sétima vez desde que a ANA foi privatizada em dezembro de 2012, com subidas de 7,56 por cento em Lisboa e de 1,5 por cento no Porto, noticiou o Diário Económico.
Os aumentos terão um impacto de dez milhões de euros nos custos das companhias de aviação que operam no aeroporto da Portela e representam uma variação de 33 por cento em relação aos preços cobrados em relação a maio de 2013.
Segundo o Diário Económico, para a TAP, que responde por metade do tráfego no aeroporto de Lisboa, o aumento da fatura com serviços aeroportuários será na ordem dos 5,5 milhões de euros face à estrutura de custo de 2013.
As novas taxas nos aeroportos, que devem entrar em vigor em dezembro, deverão aumentar também em Faro, mas deverão descer nos Açores e Madeira.
A ANA adiantou que a revisão destes preços representa um aumento médio de 40 cêntimos e que o aeroporto de Lisboa ficará mesmo assim 15 por cento abaixo da média.
O novo modelo regulatório aprovado aquando da venda da ANA à Vinci impõe um teto máximo de 11,45 euros por movimento no aeroporto da Portela que deve ser revisto a cada dois anos.
Este modelo implica também uma subida de taxas quando se verifica um aumento o tráfego, o que aconteceu em Lisboa com uma subida de cerca de 9,5 por cento no primeiro semestre de 2014.
Nos documentos enviados às companhias aéreas, a ANA explicou que a atualização das taxas prevista para o final do ano visa colmatar uma falha na estimativa do volume de passageiros.
A Associação de Turismo de Lisboa criticou esta decisão e acusa a ANA de se estar a aproveitar dos esforços de promoção da região de Lisboa.
Numa nota assinada pelo presidente Vítor Costa, esta associação considera que o aumento das taxas penaliza o turismo e destrói a competitividade das companhias aéreas que contribuem para a oferta turística da região de Lisboa.
Contactadas pela TSF, a TAP e a Associação de Agências de Viagens não quiseram fazer quaisquer comentários a esta decisão da ANA.