No programa O Estado da Nação, a presidente do Conselho de Finanças Públicas lembra que os investidores queixam-se mais do «trabalho que vai do custo que há em pagar os impostos».
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A presidente do Conselho de Finanças Públicas duvida da eficácia da reforma do IRC, não tendo a certeza se a redução de seis por cento deste imposto até 2016 irá mesmo atrair mais investimento.
No programa O Estado da Nação, da TSF e do DN, que passa na TSF este domingo de manhã, Teodora Cardoso lembrou que há países na Europa «com taxas de IRC bastante mais favoráveis» que as portuguesas.
«Mas, se olharmos para o que os investidores dizem nos vários rankings internacionais, eles não se queixam tanto da taxa dos impostos como do trabalho que vai do custo que há em pagar os impostos», referiu.
Para Teodora Cardoso, esta é uma «área em que podemos fazer um esforço importante para melhorar isso e reduzir o número de horas que leva as empresas pagar, simplificar e estabilizar».
Após o Conselho de Finanças Públicas ter considerado arriscada a previsão do Governo relativa a um crescimento de 0,8 por cento em 2014, Teodora Cardoso assinalou que «há muitos riscos» nesta matéria, mas acredita que «é possível» cumprir esta meta.
«Acho que é atingível graças sobretudo à procura externa. Mesmo que a procura interna claudique um pouco mais, isso não é mau para a economia portuguesa», concluiu.