A presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP) diz que o país pode vir a ter extensões de prazos de pagamento da dívida, mas sublinha que isso só acontecerá se provar que tem uma política orçamental responsável.
Corpo do artigo
Teodora Cardoso considera que "restruturar a dívida é evidentemente possível", mas sublinha que isso só acontecerá "se tivermos uma política orçamental responsável". O risco de falar em restruturação da dívida, considera a economista, "é olhar para ela como a razão e a forma de resolver o problema do orçamento".
O problema passa muito, argumenta a presidente do CFP, pela forma como se olha para a restruturação: se o país não fundamentar bem essa opção, "o que é que isso diz aos nossos credores? Que queremos poupar 5% em juros da dívida para os gastar noutras coisas".
Teodora Cardoso considera, por isso, que se o país garantir que tem "uma política orçamental que vai garantir que vamos endividar-nos menos e reduzir a dívida no futuro", terá "acesso a divida mais barata, a maturidades mais longas". "É a isso que podemos chamar restruturação da dívida", afirmou.