"Teremos um impacto imediato." Crise no Mar Vermelho preocupa indústria automóvel
O presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel prevê que os problemas no abastecimento possam ter um efeito dominó.
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A crise de navegação no Mar Vermelho está a preocupar a indústria automóvel. O presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, José Couto, adiantou que há fábricas na Europa que já estão a parar a produção e a atrasar entregas de componentes automóveis.
Por isso, José Couto prevê que os problemas no abastecimento possam ter um efeito dominó, levando à suspensão de alguns turnos já na próxima semana.
"Teremos um impacto imediato. Pensamos que na próxima semana teremos já alguns efeitos negativos da manutenção desta crise no Mar Vermelho. Significa, em alguns casos, diminuir a atividade e podia ter que suspender algum turno de produção. Julgamos que não terá um efeito de paragem, as empresas não pararão por completo com esta situação, mas haverá uma baixa de produção, provavelmente suspensão de algum turno", explicou à TSF José Couto.
Além disso, José Couto acredita que a situação pode levar já a um aumento dos custos causado pela mudança de rota. Para evitar o Mar Vermelho, os navios atravessam o Cabo da Boa Esperança, o que aumenta a viagem em 11 dias.
"Sabemos também que se tomaram medidas de maneira até a mudar a rota e, portanto, virem pelo Cabo da Boa Esperança, o que significa desde logo também um aumento dos preços delegados a esta logística, ao transporte das mercadorias, quer porque vai aumentar em mais cerca de 11 dias o percurso. Edepois também há um aumento de 30% nos custos de combustível, que se junta também a um acréscimo dos custos de seguro, que significará desde logo também um aumento das matérias-primas e isso é muito importante", acrescentou o presidente da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel.