A Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa está preocupada com as quebras verificadas na compra de automóveis no mercado europeu e na China, que obrigaram a empresa a parar durante 29 dias, arriscando uma da produção face ao ano passado.
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«Há uma retração no mercado europeu para onde nós vendemos carros, o mercado inglês recuou bastante, o italiano e o irlandês também, o espanhol recuou muitíssimo e o próprio mercado alemão tem tido alguns sobressaltos», disse o coordenador da Comissão de Trabalhadores, António Chora, salientando que até no mercado alemão se verifica uma quebra significativa na compra de automóveis.
«O mercado chinês começou muito bem, mas neste momento já não está assim tão bem. Neste momento também há uma retração no mercado chinês», frisou o coordenador da CT da Autoeuropa, que falava à Lusa na véspera de mais um dia de não produção, previsto para sexta-feira.
Segundo António Chora, o número de 'downdays' na Autoeuropa tem vindo a aumentar progressivamente, sem que se vislumbre qualquer perspetiva de melhoria até final do ano.
«No final deste mês já vamos ficar com 29 'downdays' marcados. Temos um já esta sexta-feira e outros já marcados para os dias 19, 25 e 26 de outubro», disse.
António Chora considerou ainda que é fundamental manter a produção na ordem dos 625 carros para que a Autoeuropa possa manter todos os postos de trabalho.
«Não mantendo a produção, isso pode pôr em risco o emprego na fábrica e no Parque Industrial da Autoeuropa», disse.
«Se verificarmos número de carros que deixamos de fazer com estes downdays - e não se prevê que haja nenhuma melhoria nos meses de novembro e dezembro - vamos ter uma produção inferior à do ano passado, o que é preocupante», frisou o coordenador da Comissão de Trabalhadores.