Trabalhadores da Menzies ameaçam prolongar greve: "Só prevemos fim da paralisação depois de fazer acordo"
Em declarações à TSF, José Simões, do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins, refere que a empresa "anda a fugir ao salário mínimo, não quer pagar" e cobrem o valor do salário mínimo "com subsídios"
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Os trabalhadores da Menzies (antiga Groundforce) admitem prolongar a greve que começou no início do mês. É uma paralisação aos fins de semana, que provocou o cancelamento de várias ligações, em especial no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Em declarações à TSF, o sindicalista José Simões avisa que se a Menzies não aceitar as reivindicações dos trabalhadores, a greve pode ser prolongada por mais quatro fins de semana.
"A greve vai continuar, não termina hoje. Os pré-avisos de greve foram feitos para vários fins de semana seguidos. Só prevemos o fim da greve depois de fazer acordo", adianta à TSF José Simões, do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins.
Os trabalhadores da Menzies terminam esta segunda-feira a segunda greve de quatro dias, mas ameaçam prolongar os pré-avisos de greve até verem os seus direitos cumpridos: a empresa "anda a fugir ao salário mínimo, não quer pagar" e cobrem o valor do salário mínimo "com subsídios", argumenta José Simões.
Além dos constrangimentos no serviço de partidas e chegadas, o sindicalista aponta a acumulação de responsabilidades sobre o número reduzido de trabalhadores que estavam a cumprir os serviços mínimos: "Dois trabalhadores nossos caíram porque não aguentaram o trabalho e o calor. Há malas por todo o lado. O serviço tem vindo a agravar-se todos os dias."
Os trabalhadores reivindicam melhores salários e o cumprimento do pagamento das horas noturnas. O sindicalista admite que a greve tem condicionado algumas partidas e chegadas, mas, enquanto os interesses dos trabalhadores não forem atendidos, garante que vão agendar novas paralisações.
Está programada nova paralisação, em moldes semelhantes, no próximo fim de semana.
