Trabalhadores da saúde em greve denunciam "situação de assédio" e "atropelos". Sindicato pede "intervenção do Estado"
Em declarações à TSF, o secretário-geral do Sindicato Nacional de Trabalhadores dos Serviços e Entidades com Fins Públicos afirma que "mais de 70 trabalhadores já apresentaram queixa na ACT"
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Os trabalhadores do setor da saúde cumprem esta terça-feira um dia de greve, depois de o Sindicato Nacional de Trabalhadores dos Serviços e Entidades com Fins Públicos ter convocado uma paralisação geral.
Em declarações à TSF, o secretário-geral do sindicato, Mário Rui, explica que reivindicação do cumprimento da carreira especial de técnico auxiliar de saúde é uma das reivindicações. Apesar de ser uma área da saúde específica com "funções próprias", o sindicalista sublinha que os profissionais não têm conseguido "executar as suas funções" e explica porquê.
"Os trabalhadores são constantemente atropelados com funções que não lhes são adstritas", lamenta.
Mário Rui denuncia ainda a falta de pagamento de retroativos de avaliação desde 2019 até à presente data, afirmando inclusive que "muitas das ULS ainda nem sequer contactaram os seus trabalhadores para fazerem as contas".
O sindicalista pede, por isso, a "intervenção do Estado português" para que esta situação possa ser "resolvida", até porque "o dinheiro é dos trabalhadores".
Para o dia desta terça-feira está também prevista uma manifestação em frente à ULS de Entre Douro e Vouga, em Santa Maria da Feira, que pretende "denunciar a situação de assédio que tem sido praticada" naquela instituição relativamente aos técnicos auxiliares de saúde.
"Tem-nos chegado constantemente várias acusações e atropelos aos trabalhadores. Não estamos a falar de um ou dois ou três trabalhadores. Estamos a falar de mais de 70 trabalhadores que neste momento já apresentaram queixa na ACT [Autoridade para as Condições do Trabalho]", adianta.
Mário Rui nota que o sindicato já teve uma reunião com o conselho de administração desta ULS a 17 de fevereiro, ainda que não tenha tido grandes resultados. Agora, está agendado um novo encontro para 18 de março, que espera que possa ser "mais profícua".
