Dizem que o governo deve negociar nesse sentido com a União Europeia, evitando desse modo um cenário de liquidação do banco daqui a um ano.
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É a reação da comissão de trabalhadores do Novo Banco, depois de conhecido o que sobre o assunto se diz na carta que o executivo de António Costa enviou à Comissão Europeia.
O Governo informou hoje a Comissão Europeia que "não considera a possibilidade" de realizar uma nova ajuda estatal ao Novo Banco, acrescentando que, se o banco não for vendido até agosto de 2017, entra num processo ordeiro de liquidação.
No relatório que acompanha as alegações fundamentadas de Portugal no âmbito do processo de apuramento de sanções, enviadas hoje a Bruxelas, o executivo liderado por António Costa indica que "o Governo português já expressou ao Banco de Portugal a sua profunda preocupação com o processo de venda, nomeadamente porque o Governo não considera a possibilidade de uma ajuda estatal adicional".
A comissão de trabalhadores do Novo Banco considera que o governo deve negociar com Bruxelas um prolongamento do prazo para a venda. Rui Geraldes, da comissão, diz que "obrigar que a venda tenha de ocorrer até agosto de 2017 só contribui para agravar a crise de confiança e a incerteza que se abate sobre o banco".
Rui Geraldes diz ainda que de acordo com um decreto-lei de 2014 que determina que "a venda ocorreria quando se encontrassem reunidas as condições necessárias para alienar parcial ou totalmente as ações representativas do respetivo capital social".