O número de trabalhadores em risco de despedimento coletivo mais do que duplicou. Foram 207 as empresas, em dois meses, que manifestaram a intenção de avançar neste sentido.
Corpo do artigo
Foram 207 as empresas que manifestaram ao Governo a intenção de avançar com despedimentos coletivos entre Janeiro e Fevereiro.
Um despedimento coletivo começa com o pedido ao Ministério da Economia e Emprego. Segue-se uma fase de negociação com os trabalhadores onde se procuram soluções. No final, a empresa comunica a decisão definitiva.
Fazendo as contas, mais de 200 empresas que iniciaram este processo nos dois primeiros meses deste ano avisaram que pretendem despedir 2037 trabalhadores, ou seja, mais 1100 do que em igual período do ano passado, o que representa mais do dobro.
Os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), do Ministério da Economia, revelam ainda que Lisboa e Vale do Tejo é a região com mais despedimentos coletivos.
Um em cada dois trabalhadores alvo destas tentativas de despedimento vive na zona da capital. Segue-se de perto a região Norte, onde também são cada vez mais as empresas a usar o despedimento coletivo para afastar trabalhadores.
A maioria são pequenas e médias empresas.