A Associação que representa os transportadores rodoviários de mercadorias disse, esta sexta-feira, ao Governo que as empresas do sector já não aguentam mais carga fiscal.
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Os transportadores de mercadorias consideram que chegaram a um estado de «exaustão fiscal». O regime de contra-ordenações é um exemplo.
«Tem coimas de 60 mil euros, é um absurdo, quando estamos a falar de empresas com dois ou três camiões e com uma única coima termina a empresa», realça.
Na abertura das jornadas, António Mouzinho, presidente da ANTRAM, defendeu também um regime especial de pagamentos nas SCUT para os transportes de mercadorias, mas se o Governo não ceder, diz ele, quem vai pagar será o consumidor.
«O que os transportadores vão fazer é incorporar este custo adicional que têm no preço final do transporte e quem acabará por pagar tudo isto será o consumidor final mais uma vez», explica.
Às reivindicações da ANTRAM, o ministro das Obras Públicas respondeu que já estabeleceu, em Julho, um memorando de entendimento com os transportadores e criou grupos de trabalho para criar as melhores soluções.
Até aqui elas não foram avançadas, mas António Mendonça considera que é preciso ultrapassar o discurso da reclamação constante.