Setor admite aumentar tarifas de transporte para assegurar a sua viabilidade.
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A Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) contestou esta quinta-feira a "escalada do preço dos combustíveis" nos últimos meses, alertando que sem medidas que assegurem a sua viabilidade o setor terá que aumentar as tarifas.
"A ANTRAM é obrigada a contestar a escalada do preço dos combustíveis registada nos últimos meses e a exigir que o Governo adote medidas que não comprometam, uma vez mais, a viabilidade da atuação do setor que representa. É hora de refletir sobre esta dura realidade, que volta a colocar à prova as empresas, que - caso não sejam tomadas medidas - terão de rever e, consequentemente, aumentar as tarifas de transporte", sustenta a associação em comunicado.
Segundo recorda, o início de 2017 ficou marcado por "descidas sucessivas" do preço dos combustíveis - dos 1,31 euros/litro de janeiro o valor recuou até aos 1,23 euros/litro em junho -, mas desde o segundo semestre do ano passado até hoje o preço "não para de aumentar".
"Os números são claros e mostram, sem qualquer margem para dúvidas, um aumento no preço dos combustíveis que dura há meses e que, tendo em conta a carga fiscal atual, não registará, seguramente, qualquer inversão", refere a ANTRAM.
Aliás, sustentou, "o ano de 2018 trouxe um novo aumento do imposto petrolífero, desta vez indexado à inflação, que não poupou a gasolina", confirmando que "os combustíveis se assumem, uma vez mais, como o alvo preferencial dos agravamentos fiscais".
Recordando "a vitória" obtida em 2016 no dossiê relativo ao gasóleo profissional e na diminuição da carga fiscal em Portugal, que considera serem "medidas cruciais na promoção da competitividade nacional", a ANTRAM garante que "continuará a reivindicar melhores condições para o setor do transporte de mercadorias".