"Tributação é elevada e é preciso reduzir." Viabilização do OE é "absolutamente essencial" para a CIP
O líder da CIP nota, em declarações à TSF, que Portugal não pode ser motivo de chacota na Europa
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O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) defende que a aprovação do Orçamento do Estado é um "ponto absolutamente essencial" para que o país tenha estabilidade em 2025 e para "evitar uma crise política".
Armindo Monteiro afirma, em declarações à TSF, que seria muito difícil de explicar ao mundo que Portugal entrou numa crise política por causa de 1% na questão do IRC.
"Aquilo que me parece que é importante evitar é uma crise política neste momento. Evitar novamente eleições, creio que os portugueses agradecem e as empresas também. Aquilo que seria importante na perspetiva das empresas é uma solução de viabilidade de um programa de ação", explica.
O líder da CIP entende que Portugal não pode ser motivo de chacota na Europa e isso implica uma "aprovação de um orçamento que permita que o país tenha estabilidade durante este ano 2025".
"Isso para nós é o ponto absolutamente essencial", insiste.
Questionado sobre se seria preferível para os empresários que Luís Montengro cedesse em relação ao IRC ou viver em duodécimos, Armindo Monteiro considera que os investidores e o país precisam de estabilidade e previsibilidade.
"Se tivermos de ponderar a intensidade da medida ou a direção, nós preferimos a direção, ou seja, o que é importante é conhecer pela primeira vez em dez anos - em mais de dez anos -, que se está a olhar para as empresas com o sentido de reconhecer que a tributação é elevada e que é preciso a reduzir. Se a intensidade da redução deve ser maior este ano, ou seja, deve ser maior nos anos subsequentes, essa já é algo que podemos acomodar dentro de todo este esforço", nota.