O presidente do Banco Central Europeu (BCE) afirmou que a Europa está no epicentro do problema de crédito global e defendeu que deve ir ao máximo nas reformas da governação económica.
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Jean-Claude Trichet, que falava este domingo numa conferência na Universidade Paul Cézanne em Aix-en-Provence, em França, afirmou ainda que a crise «veio demonstrar as fragilidades estruturais da economia», e, defendendo novamente a importância do equilíbrio das contas públicas, utilizou o exemplo da Suécia para demonstrar que «nada é impossível».
Trichet defendeu também a necessidade das economias desenvolvidas aumentarem o seu crescimento potencial e disse que estes países não deviam ser tão «fatalistas» nas projecções que fazem para o seu futuro.
«O optimismo dos países emergentes é de notar, assim como o pessimismo da maioria dos países desenvolvidos, tirando alguns» destes, afirmou o responsável.
As declarações do BCE surgem numa altura em que Bruxelas e o Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda estão em negociações para um novo empréstimo à Grécia. Um empréstimo que deve incluir uma participação de privados.