A dois dias da saída limpa da "troika" de Portugal, a Comissão Europeia (CE) diz que há dois cenários em caso de dificuldades em Portugal. Um programa cautelar, se a ecomnomia sucumbir a causas externas ou um segundo resgate, se os problemas forem internos.
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A "troika" dá-se por satisfeita com as medidas já adotadas pelo Governo e com os compromissos já assumidos e o desembolso da última parcela do financiamento internacional não está dependente de qualquer ação prévia.
Fonte da Comissão Europeia, ouvida em Bruxelas, garantiu isso mesmo, acrescentando que «neste momento há apenas um processo técnico em curso e a versa vai ser desembolsada em junho sem qualquer ação prévia seja exigida às autoridades nacionais».
A mesma fonte admitiu ainda que a proximidade de eleições legislativas, no próximo ano, envolve riscos, na medida em que qualquer eleição envolve riscos, mas este responsável da troika, disse esperar que um futuro Governo, seja qual for tenha na memória os compromissos assumidos.
O funcionário da comissão acrescentou também que com o fim do programa o país recupera a soberania, frisando que se trata apenas da soberania suficiente para tomar as decisões certas, ou seja, a soberania para adotar determinadas decisões, sem as especificar.
«Se não forem implementadas certas medidas, os mercados muito rapidamente tomarão a soberania de volta», afirmou a fonte já citada, acrescentando que existem diversos incentivos pela positiva e pela negativa, após o fim do programa, para garantir que a dinâmica de reformas continua.
Numa explicação sobre a possibilidade de Portugal poder ainda socorrer-se de uma linha de credito cautelar, este responsável assegurou que depende do motivo em causa.
Caso a condições de acesso aos mercados se gravem por razões internas, Portugal terá de pedir novo resgate, mas se a degradação acontecer por motivos externos a linha de financiamento cautelar continua disponível.
Em Bruxelas, um antigo conselheiro de Durão Barroso, Philipe Legraim, explicou hoje como o pacto de austeridade europeu, tem apertado as economias europeias, especialmente as mais frágeis.
Sobre a saída limpa, Philipe Legrain diz que esta é uma decisão a prazo, mais cedo ao mais tarde, as coisas podem mudar.