Ao que a TSF apurou, a esperança reside nos novos donos da multinacional norte-americana
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É uma esperança muito ténue, mas subsiste. Pelo menos para já a fábrica de Montalvo, no concelho de Constância, não fecha e no dia 9 de janeiro, o diretor reúne com os trabalhadores. Cancelaram, entretanto, sem nova data, a reunião com a presidente da Junta de Freguesia de Montalvo.
Ao que a TSF apurou, a esperança reside nos novos donos da multinacional norte-americana.
No final do ano passado um tribunal de falências dos Estados Unidos aprovou a venda da Tupperware e muitos dos ativos da empresa, incluindo subsidiárias ao Party Group. Trata-se de um grupo de credores que inclui, à cabeça, fundos de investimento.
A questão é que pouco se sabe sobre o que pretendem estes investidores em cada um dos 70 países onde a marca está presente e que partes do negócio tencionam manter. A informação tem surgido aos poucos e quase sempre de maneira informal.
A filial nórdica da Tupperware decretou falência já este ano, a 2 de janeiro. No Chipre, a empresa anunciou formalmente o fecho da fabrica a partir e 8 de janeiro. No Brasil, a indicação tem sido de que o negócio se mantém, mas é para já uma orientação aos revendedores. Na Venezuela, há trabalhadores em protesto por alegado incumprimento perante os trabalhadores afastados.
Confirmado, até ao momento, só o fecho da fábrica da Tupperware em Hemingway, nos Estados Unidos, a única no país onde nasceu. Anunciou que encerra definitivamente a 14 de janeiro de 2025, transferiu a operação para o México e despediu 148 trabalhadores.
Em Portugal, o cenário mais provável continua a ser o do encerramento da fábrica que funciona em Montalvo. Sonha-se com uma reviravolta ou com um investidor de última hora.
A preparar pior, o Ministério do Trabalho e Segurança Social tem o Instituto do Emprego e Formação Profissional pronto para intervir e criar uma unidade local de apoio aos trabalhadores, caso falhe essa solução de última hora.