A Confederação do Turismo e a Associação das Agências de Viagens faz, em separado, o mesmo apelo. Pedem aos pilotos da TAP para não convocarem uma greve, para não prejudicarem ainda mais o setor.
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A Confederação do Turismo Português está a lembrar aos pilotos da TAP que qualquer decisão que possa significar instabilidade na transportadora aérea também significa, de imediato, sérios prejuízos para o turismo e para a economia.
Os pilotos da TAP ameaçam com uma nova greve, uma decisão que pode ficar fechada esta tarde em assembleia geral.
Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo, diz que o anúncio da possibilidade de convocação de uma paralisação já está a ter impacto no setor. Por isso, Francisco Calheiros apela ao bom senso e à ponderação nas decisões dos pilotos da TAP.
Um apelo que é subscrito pela Associação das Agências de Viagens. Pedro Costa Ferreira diz que é preciso evitar a fuga das reservas à custa de uma possível greve na TAP.
Os alertas são conhecidos um dia depois de se saber que Fernando Pinto, presidente da TAP, enviou uma carta aos pilotos alertando também para as graves consequências financeiras de uma nova greve na transportadora.
Na missiva, Fernando Pinto rejeita o incumprimento do acordo firmado em dezembro, acusando o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) de invocar «acordos» inexistentes, distorcendo ou omitindo factos.
O presidente da TAP reitera que «a empresa cumpriu rigorosamente a sua parte do compromisso assumido quanto à negociação dos domínios do Acordo de Empresa», considerando que o SPAC - bem como os demais sindicatos - alcançaram «conquistas muito relevantes».
«É, neste contexto, incompreensível a acusação do SPAC de que houve incumprimento, invocando 'acordos inexistentes, distorcendo ou omitindo factos provados e apresentando montantes imaginários de prejuízos dos pilotos, que não têm fundamento racional e razoável», acrescenta o presidente da TAP.