O líder da UGT reconheceu que o aumento do salário mínimo de 485 para 505 euros «é pouco, mas é um sinal» e entende que faltou «razoabilidade» à CGTP nesta questão. A CGTP diz que a Segurança Social fica com menos 29 milhões com este acordo.
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O secretário-geral da UGT criticou a ausência da CGTP na assinatura do novo acordo do salário mínimo nacional, ao entender que existe falta de «razoabilidade» da Intersindical.
Carlos Silva frisou que a UGT usou de «razoabilidade» ao assinar este acordo e entende que «dentro dos valores colocados em cima da mesa por partidos e outras entidades e outros sindicatos ultrapassavam aquilo que seria um valor moderado».
Após a assinatura deste acordo, o líder da UGT reconheceu que o aumento do salário mínimo de 485 para 505 euros «é pouco, mas é um sinal». «Cabe agora à economia e aos principais agentes darem os passos necessários», sublinhou.
Carlos Silva considerou ainda que este acordo foi alcançado «tarde e a más horas» e que a culpa por esta demora não pode ser atribuída à UGT, mas que acabou por ir ao encontro da vontade desta central sindical.
«Foi o acordo possível e muito difícil. Foi muito complicado sobretudo por parte das entidades empresariais», acrescentou o secretário-geral da UGT, que reconheceu o esforço do Governo num «acordo envolvendo os parceiros empresariais todos».
Por seu lado, o secretário-geral da CGTP lembrou que este acordo permite que se utilize o salário mínimo «como moeda de troca para o Governo financiar em mais de 29 milhões de euros o patronato para atualizar o salário mínimo nacional».
Em declarações à TSF, Arménio Carlos chega a este valor com a redução de 0,75 pontos percentuais da TSU das entidades patronais multiplicada por 15 meses acrescida dos subsídios de férias e de natal até ao final de 2015.
Respondendo às críticas da UGT, o líder da CGTP disse ainda não ser razoável deixar «500 mil trabalhadores no limiar da pobreza» com um salário mínimo «profundamente insuficiente» de 505 euros.
«Está muito longe de corresponder às condições que a esmagadora maioria das empresas e setores de atividade têm neste momento», concluiu.