
Salário Mínimo Nacional
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A UGT não comenta a proposta da CGTP de aumentar o salário mínimo para os 515 euros já este ano. Os patrões rejeitam, por considerarem que não há condições.
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A UGT não comenta para já a reivindicação da outra central sindical, a CGTP que pede um aumento do salário mínimo para os 515 euros.
Trata-se de um valor que a inter quer que seja aplicado este ano e com retroativos a janeiro. Mas a CGTP vai mais longe e avança já com uma proposta de aumento até aos 600 euros em 2013.
Do lado dos patrões, João Machado, da Confederação da Agricultura de Portugal (CAP), diz que se trata de propostas irrealistas mas concorda, no entanto, que tal como diz a CGTP, já devia nesta altura saber-se qual será o valor este ano do salário mínimo.
«É urgente sabermos qual é o salário mínimo para 2012. Já tínhamos dito ao Governo e ao ministro da tutela que devia ser promovida uma reunião da concertação social para o efeito, portanto na questão da urgência estamos de acordo com a CGTP», referiu João Machado.
«Onde nós divergimos [com a inter] é na questão do valor. A CAP, nos anos anteriores, sempre foi a favor do aumento do salário mínimo e assinámos todos os acordos que promoviam esse aumento. Neste momento, consideramos que é impensável, no estado da economia atual, aumentar o salário mínimo em 2012», defendeu.
Também João Vieira Lopes, da Confederação do Comércio e Serviços, considera que o assunto já devia ter sido na concertação social mas frisa que nesta altura não há condições para aumentar o salário mínimo.
«Consideramos que tendo em conta a situação que o país vive, as dificuldades das empresas, e o acordo feito com a troika, não nos parece que haja condições para mexer no salário mínimo nacional, independentemente de entendermos que o salário é baixo», sublinhou.
«Temos uma retração muito grande do poder de compra dos portugueses, no entanto não pensamos que seja neste momento a altura de tocar nesse ponto, apesar de considerarmos que ele deve ser colocado na discussão em concertação social», declarou João Vieira Lopes.
Também contactada pela TSF, a Confederação do Turismo de Portugal rejeita a proposta da CGTP por entender que não tem qualquer adesão à realidade do país.