UGT reconhece necessidade de grandes sacrifícios, CGTP fala em «recuo civilizacional»
O secretário-geral da UGT admitiu que o acordo sobre a ajuda externa a Portugal vai exigir grandes sacrifícios. Já o líder da CGTP fala na possibilidade de um «recuo civilizacional».
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O secretário-geral da UGT admitiu que pacote de ajuda a Portugal vai implicar «sacrifícios ao povo português, particularmente aos trabalhadores».
Frisando que serão exigidos «muito sacrifícios», João Proença disse que reconhecia a existência de uma «negociação» e «esforços do Governo português para atenuar algumas medidas-chave que forma aplicadas na Grécia e Irlanda».
«O documento também abre portas de que depende de futuros governos a maneira como vão ser aplicadas as medidas na área do trabalho, privatizações», acrescentou o líder da UGT.
João Proença teme, contudo, que «se estas medidas não forem aplicadas num clima de diálogo e concertação vão abrir uma conflitualidade social que vai agravar a crise».
Por seu lado, o líder da CGTP diz que a «projecção que fizemos a partir dos números que estão ali apontam para uma regressão no PIB do país que pode colocar o país em 2012 como estava em 2002».
«Isto pode ser acompanhado por uma regressão nos direitos sociais fundamentais, como saúde e segurança social, e nos direitos do trabalho para um cenário até anterior a esse. Pode haver aqui um recuo civilizacional», acrescentou Carvalho da Silva.