Os estivadores e o governo reataram as negociações, interrompidas desde março. A ministra do Mar espera conseguir um acordo no prazo de um mês.
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Ana Paula Vitorino espera que, até ao final de janeiro, o grupo de trabalho que foi agora criado, chegue a um entendimento quanto a um novo contrato coletivo de trabalho para o Porto de Lisboa.
Há nove meses, em março, as negociações entre os operadores e o Sindicato dos Estivadores foram interrompidas. Os estivadores começaram nova greve em novembro e já a prolongaram até 21 de janeiro.
Hoje, Ana Paula Vitorino recebeu em separado os operadores e os sindicalistas. No final dessas reuniões, a ministra do mar adiantou que espera um acordo no espaço de um mês, já que é esse o "prazo de validade" do grupo de trabalho.
Esse grupo fazer uma espécie de "levantamento" de "todas as razões que assistem a um lado e ao outro e também as soluções possíveis" para ultrapassar um conflito que se arrasta.
A ministra sublinha também que é preciso promover a paz social no Porto de Lisboa, há muito afetado pela greve. Nos últimos meses, dois armadores - entre eles, a dinamarquesa Maersk - suspenderam as operações em Lisboa.
Depois do encontro com Ana Paula Vitorino, o Sindicato dos Estivadores já disse que vai sentar-se à mesa com os operadores "sem condições".
Citado pela agência Lusa, o Presidente do sindicato, António Mariano, sublinhou que está disponível para discutir um novo contrato coletivo de trabalho que defenda "os direitos dos trabalhadores".
"Queremos sair deste processo com uma condição estável de trabalho e não de alguma asfixia", afirmou aos jornalistas o dirigente sindical, adiantando que a negociação anterior falhou, sobretudo, por falta de vontade.