Um plano B na gaveta da CGD, o risco de fecho do Novo Banco (5 notícias do dia)

1. Mais uma carta sobre a CGD. Nesta, cujo conteúdo é relevado pela TSF esta manhã, a administração cessante da Caixa diz ao primeiro-ministro que apresentou um Plano B de capitalização - que não passava pelo dinheiro do Estado. E queixa-se, muito, de ninguém ter dado qualquer orientação ao banco público, deixando-o sem rumo nem estratégia ao longo de sete meses. Para ler aqui, sabendo também que o Jornal de Negócios diz esta manhã que ainda não foi entregue ao BCE a lista com os nomes da nova administração.

2. O Novo Banco em risco de fechar portas. O ministro das Finanças mostrou uma (outra) carta onde diz ter avisado o Banco de Portugal estar "muito preocupado" com a situação do Novo Banco. O Governo, diz Centeno, não quer injetar mais dinheiro público neste banco e admite que se este não for vendido até agosto de 2017 será extinto "de forma controlada". Fora de hipótese fica, portanto, o cenário de nacionalização - proposto pelo PCP e Bloco de Esquerda.

Na antena da TSF, a comissão de trabalhadores do Novo Banco diz-se mais preocupado ainda: considera que o Governo deve negociar com Bruxelas um prolongamento do prazo para a venda. E acrescenta que "obrigar que a venda tenha de ocorrer até agosto de 2017 só contribui para agravar a crise de confiança e a incerteza que se abate sobre o banco".

3. As provas de aferição vêm sem notas. O Governo diz que os relatórios individuais sobre alunos, que vêm na sequência destas provas, darão informação "muito mais detalhada" a escolas e famílias, permitindo ajustar os apoios escolares. As notas vêm por grupos, de turmas ou escolas - só isso.

4. O terror chegou à Alemanha. Um candidato a asilo atacou com um machado dezenas de passageiros, num comboio que circulava próximo da cidade bávara de Wuerzburg. O atacante, um jovem afegão de 17 anos, que foi abatido, feriu quatro pessoas - deixando três em estado grave. As autoridades falam de provável "ataque islâmico", uma hipótese mais provável depois de ter sido descoberta uma bandeira do Daesh, desenhada à mão, no quarto do autor do ataque.

5. À falta de estrelas, Trump mostrou a mulher. Na convenção republicana que ontem começou, Melania Trump foi a estrela do dia. A primeira votação deitou logo por terra a contestação ao candidato republicano, deixando caminho livre para o desporto preferido de Trump: o ataque a Hillary Clinton. "Aye and Nay", como sintetiza a Judith Menezes e Sousa, a nossa correspondente em Cleveland.

Como estamos no verão, não o deixo sem umas linhas sobre a pré-época futebolística. Porque Ronaldo publicou um vídeo prometendo aparecer "mais forte". Porque o Sporting começa com o pé esquerdo (a derrota ontem foi impiedosa). E porque o Real Madrid pode estar prestes a contratar um terceiro campeão da Europa - diz a imprensa vizinha que será a vez de André Gomes ser galáctico.

Dito tudo isto, aproveite o calor (desde que não ultrapasse este recorde nacional). E tenha um dia feliz.

Até amanhã!