António Branco, o reitor da Universidade, diz que o orçamento de 2017 está sete milhões abaixo da dotação de 2010.
Corpo do artigo
A Universidade do Algarve queixa-se da verba atribuída à instituição no Orçamento do Estado. Apesar de a dotação ter aumentado 2,5%, o reitor salienta que tudo vai ser consumido pela reposição dos ordenados na Função Pública.
O reitor da Universidade do Algarve considera que depois do memorando da troika, era expectável voltar a assistir ao aumento da dotação para as universidades.
António Branco revela que, pelo contrário, não é isso que vai acontecer. "Só para ter um termo de comparação, em 2010 a dotação orçamental foi de 40 milhões de euros, este ano será de 33 milhões, sete milhões menos", salienta o reitor.
Com esta verba, só 75% da despesa com pessoal é que estará garantida na Universidade do Algarve.
Para suprir a falta de dinheiro, a Universidade tenciona ir buscar verba às candidaturas de projetos, às prestações de serviços e às propinas, mas mesmo assim não consegue dar resposta às necessidades da instituição. "Não estamos a fazer investimentos, nem manutenção do património edificado. Não renovamos o equipamento tecnológico que, nalguns casos, está obsoleto e vamos continuando a pedir às pessoas contenções enormes".
"O que me parece é que não vamos aguentar muito mais tempo esta situação", desabafa o reitor da Universidade do Algarve.
Os reitores reuniram esta semana com o ministro da Ciência e Ensino Superior e demonstraram a sua preocupação com as verbas que serão distribuídas às universidades. O Sindicato do Ensino Superior também já veio dizer que o montante previsto fica cerca de 20% abaixo daquilo que foi atribuído em 2010.