O presidente da Urbanos confessou à TSF que tem interesse na totalidade do capital da Groundforce e disse ainda acreditar que a empresa de "handling" vai voltar aos lucros em 2013.
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Depois da Autoridade da Concorrência ter dado, na quarta-feira, luz verde à TAP para a venda de 50,1 por cento da operadora de "handling" a este grupo empresarial português, o presidente da Urbanos quer mais.
«Estamos interessados no restante capital da Groundforce, porque uma parte substancial desse capital ainda não está privatizado. Quando vier a privatização, concorreremos e se a nossa proposta for a melhor e se o Estado assim o entender é nosso objectivo ficar com os 100 por cento da Groundforce», disse Alfredo Casimiro.
Para já, com 50,1 por cento da Goundforce, Alfredo Casimiro sublinhou que a empresa não vai ser «uma barriga de aluguer da TAP».
«Nós somos uma empresa independente, com gestão independente, com uma estratégia independente. Temos um accionista que detém 49,9 por cento, a TAP, que é simultaneamente o nosso maior cliente, mas a gestão é nossa, tanto é que o conselho de administração irá ter uma comissão executiva de três membros, dois nossos e um da TAP», vincou.
O presidente da Urbanos acredita que, com o novo acordo de empresa, a Groundforce vai regressar aos lucros em 2013 e assegura que não vai ser necessário despedir trabalhadores.
«O acordo de empresa não implica despedimentos, há uma redução da necessidade de efectivos, mas a Groundforce tem 2650, dos quais 650 são trabalhadores a prazo e temporários. A maior eficiência que este acordo de empresa vai proporcionar é que irá necessitar muito menos desta bolsa de trabalhadores temporários», explicou.
Depois da luz verde da Autoridade da Concorrência, já só falta o aval do Governo e a garantia de licença para operar. Em relação a isso, Alfredo Casimiro mostrou-se optimista, acreditando que o processo vai ficar concluído em Fevereiro.