João Cravinho defende que as experiências com automóveis autónomos que vão acontecer nas cidades de Cascais e Viseu representam o começo de "uma revolução com o maior impacto nas nossas vidas".
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No espaço de comentário que ocupa semanalmente na TSF, " A Opinião", o socialista elogiou o programa de testes de veículos sem condutor de que o país faz parte.
O antigo ministro, que teve as pastas da Indústria e Tecnologia e do Planeamento e Administração do Território, referiu o consórcio internacional de seis países, em que participa a Infraestruturas de Portugal, e que está a realizar testes nesta área. Em Portugal, indica Cravinho, serão investidos 8 milhões de euros em 460 quilómetros de estradas.
Em Cascais, será testado um veículo autónomo, sem condutor, com lotação de 9 passageiro. Se a experiência correr bem, o veículo deverá ser instalado como transporte de serviço público.
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De acordo com João Cravinho, há a "altíssima probabilidade de, a meio da próxima década, haver já uma participação de veículos sem condutor muito significativa - que chegará à predominância no final da década". Por este motivo, o socialista considera que, à semelhança do que já foi feito na Alemanha e no estado norte-americano da Califórnia, o Governo deve avançar com legislação sobre esta matéria, tendo particular atenção às regras de segurança.
Na opinião do antigo ministro, é preciso avaliar e analisar o impacto enorme que a introdução dos veículos autónomos na via pública irá ter não só no campo da mobilidade, da responsabilidade legal e da política de sociedades, mas também nos campos social e económico (com consequências para o mercado de trabalho e das finanças públicas).