Vêm aí semanas difíceis para andar de comboio: revisores, maquinistas e trabalhadores dos bares preparam greves na CP
Os revisores e maquinistas reivindicam melhores salários, enquanto o pessoal da restauração contesta o facto de a nova concessionária não cumprir o acordo coletivo negociado com a empresa anterior
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A partir do final deste mês, poderá ser mais difícil andar de comboio. Segundo avança o jornal Público, os revisores marcaram um dia de greve a 28 de abril (que poderá provocar perturbações nos dias 27 e 29) e os maquinistas vão paralisar a 8 de maio (com dificuldades no serviço que podem começar no dia 7 e prolongar-se até ao dia 9). Os trabalhadores dos bares também prometem avançar para uma greve a partir do início de maio.
Os revisores e maquinistas reivindicam salários mais altos, enquanto o pessoal da restauração contesta o facto de a nova concessionária (ITAU) não cumprir o acordo coletivo negociado com a empresa anterior.
A CP anunciou, esta segunda-feira, que, desde o início de abril, os Alfa Pendular e Intercidades têm um novo operador: a empresa ITAU – Instituto Técnico de Alimentação Humana, que substitui a anterior Newrail. A nova concessão alarga o serviço de bar aos Intercidades de Évora e apresenta uma oferta de produtos mais diversificada. De acordo com a CP, citada pelo Público, o objetivo é “reforçar o seu compromisso com a qualidade do serviço prestado, assegurando a cada passageiro uma viagem mais cómoda, agradável e diferenciadora”.
Este novo serviço arranca com a ameaça de uma greve por tempo indeterminado a partir de maio. Os trabalhadores alertam que a ITAU não vai cumprir com o acordo de empresa que tinha sido negociado em novembro passado com a Newrail.
Já os revisores argumentam que a administração da empresa não deu cumprimento ao acordo de reestruturação das tabelas salariais fechado há dois meses. No mesmo plano, os maquinistas indicam que a CP impôs como aumento salarial um valor inferior ao que foi aplicado na função pública.