O governo está a preparar um novo programa de estágios para desempregados de longa duração. Desta vez, a medida inclui pessoas que estejam de regresso a Portugal e desempregados mais velhos. CGTP diz que medida só serve para manipular números em ano de eleições. UGT não tem grandes expectativas.
Corpo do artigo
Os candidatos têm de estar desempregados há mais de um ano e ter mais de 30 anos de idade.
São as únicas condições para ter acesso ao novo estágio, que terá a duração de seis meses e durante o qual o estagiário recebe entre 419 e 692 euros brutos.
O novo programa que o governo quer criar, segundo a imprensa de hoje, chama-se Reativar, e ao contrário do que acontecia até agora, não exige que o estagiário tenha recebido uma qualificação recente.
O programa inclui desempregados que estejam inscritos noutros países e que estejam de volta a Portugal. Além da bolsa, o candidato recebe ainda subsídio de alimentação e em alguns casos, subsídio de transporte.
As empresas suportam estes custos, bem como o seguro de acidentes de trabalho, enquanto o Instituto do Emprego e Formação Profissional comparticipa o valor da bolsa em 65 por cento.
Se os estagiários tiverem mais de 45 anos, se estiverem desempregados há mais de 2 anos ou forem vitimas de violência doméstica, a comparticipação pode subir para os 80 por cento e até aos 95 por cento caso as entidades tenham menos de onze trabalhadores e estejam a concorrer pela primeira vez a um programa de estágios.
Para a CGTP, esta medida só serve para manipular números em ano de eleições. Arménio Carlos, escutado pela TSF acrescenta que as empresas vão passar a ter empregados de 6 meses em vez de trabalhadores permanentes.
Já Luís Correia, da UGT, regista a proposta, mas não alimenta qualquer expectativa de que ajude a resolver o problema do desemprego no país. Para a UGT, a medida é pontual e não resolve o problema de fundo.