Os números divulgados pela APEMIP, a Associação dos Profissionais e Empresas de Medição Imobiliária, mostram que a venda de imóveis subiu 30% no primeiro semestre de 2017.
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Desde o início do ano já se venderam pelo menos 80 mil casas em Portugal. Os números divulgados pela APEMIP, a Associação dos Profissionais e Empresas de Medição Imobiliária, e citados pelo Dinheiro Vivo, mostram que a venda de imóveis subiu 30% no primeiro semestre de 2017.
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Os profissionais do setor acreditam que este pode ser o melhor ano para o imobiliário desde 2010 e o aumento deve-se ao investimento estrangeiro mas não só. A falta de confiança no setor financeiro também ajudou à venda de casas em Portugal, levando a um novo "fenómeno".
De acordo com Luís Lima, presidente da APEMIP, "as pessoas consideram que é mais seguro investir em imobiliário", acabando por utilizar as poupanças para comprar imóveis "a pronto ou com um capital maior do que era habitual. É um fenómeno que está a acontecer não só a nível dos estrangeiros, mas a nível dos portugueses".
O presidente da APEMIP explicou que o investimento estrangeiro e incentivos como os vistos gold
foram fundamentais para recuperar o setor imobiliário mas também ajudaram os portugueses a olhar como outros olhos para o mercado interno: "Quando os estrangeiros compram, somos sempre influenciados".
Ainda assim, Luís Lima alerta para os preços que, apesar de serem mais baratos a nível europeu, estão a gerar especulação, em algumas áreas do país como Lisboa, Porto e Algarve.
"Eu não vejo com bons olhos alguns preços que estão a ser praticados", salientou o presidente da APEMIP, sublinhando que os consumidores "devem ter alguma cautela com os preços".
Luís Lima acredita que a compra e venda de casa em Portugal vai continuar a crescer nos próximos dois anos. "Não vamos voltar aos anos 2000, e é bom que isso não aconteça, mas vamos assistir a um crescimento da ordem dos valores que vimos este ano", concluiu.