A compra de imobiliário, através do programa de "vistos gold", atingiu em fevereiro 55 milhões de euros, traduzindo um «regresso à tendência de crescimento» registada até novembro de 2014, segundo a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário.
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Em comunicado, a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) informou que o programa registou um total de investimentos de 62 milhões de euros, dos quais 95% correspondem à área do imobiliário.
No total, a compra de casas ultrapassou os 1,2 mil milhões de euros desde o início do programa lançado em 2013.
A CPCI notou que o acumulado de investimentos no final de 2014 superou os 900 milhões de euros, dos quais 91% correspondentes a imobiliário, «valores que são três vezes superiores aos registados em 2013».
«De um registo de 46 milhões em janeiro, o mês de fevereiro volta a apontar para uma evolução significativamente favorável, tendo sido concedidas 103 novas Autorizações de Residência para Atividade de Investimento, das quais 96 resultam de investimento em imobiliário», indicou a CPCI.
Quando se aguarda a aprovação do alargamento dos vistos gold à reabilitação urbana, atividades de investigação ou apoio à produção artística e cultural e a majoração dos projetos realizados em territórios de baixa densidade, a confederação caraterizou estes últimos números como de «especial relevância».
As alterações podem «continuar a atrair novos investidores para o país, intensificando e consolidando todos os resultados já obtidos», considerou aquela entidade.
O programa de atribuição de vistos prevê a emissão de autorizações de residência para estrangeiros, oriundos de fora do espaço Schengen, com investimentos em Portugal por um período mínimo de cinco anos.
O Ministério da Administração Interna decidiu em novembro investigar a atribuição destes vistos, na sequência da Operação Labirinto, que desmantelou uma rede de corrupção, na qual, alegadamente, participaram representantes de organismos do Estado.