O PS acusou o secretário de Estado do Orçamento de ter mentido ao Parlamento. O PCP acusou o Governo de «ludibriar» os portugueses ao falaram no Documento de Estratégia Orçamental. Vítor Gaspar recusou qualquer mentira da sua parte.
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O socialista João Galamba acusou o Secretário de Estado do Orçamento de ter «mentido ao Parlamento português», quando este disse que não havia dados novos sobre o desemprego.
«Foi-lhe perguntado na semana passdo o que tinha acontecido aos dados do desemprego, um indicador principal e que tinha desaparecido» do Documento de Estratégia Orçamental, acrescentou.
De acordo com João Galamba, o «secretário de Estado disse que não havia dados novos e que seriam estimados em junho».
«Segundo o documento que está disponível no ECOFIN, isto é a demonstração que o secretário de Estado do Orçamento mentiu neste Parlamento», sublinhou.
Por seu lado, o deputado comunista Honório Novo considerou que o Documento de Estratégia Orçamental, enviado para Bruxelas, não passa de revisão do PEC, o que estave na base deste novo nome.
Também na Comissão de Orçamento e Finanças, este parlamentar do PCP lembrou que «de PEC em PEC os impostos e o desemprego aumentavam».
«Se falarem em PEC, as pessoas sabem o que se trata, se falarem em DEO têm a certeza de que 95 por cento dos portugueses não sabem o que é. Estão a ludibriar e a mentir mais uma vez aos portugueses», frisou.
Para Honório Novo, «estão sobre a mesa o regresso das políticas do velho PEC a somar-se às velhas políticas dos memorandos da troika».
Na resposta a Honório Novo, Vítor Gaspar disse estar convicto de que «eu não minto, eu não engano e eu não ludibrio», recusando fazer ou alguma vez ir fazer alguma destas coisas.
«A política de verdade é para mim uma convicção absoluta e uma regra fundamental deste Governo», concluiu o ministro das Finanças.