Volkswagen não espera quebras na Autoeuropa devido ao conflito no Mar Vermelho
Empresa alemã de automóveis diz que estar a trabalhar com as empresas de transporte marítimo e que estas já começaram a alterar rotas em dezembro.
Corpo do artigo
A construtora alemã de automóveis Volkswagen acredita que a crise no Mar Vermelho não vai afetar a laboração da Autoeuropa, em Palmela, nem de qualquer outras das fábricas da marca.
Numa nota enviada pela Autoeuropa à TSF pode ler-se que, à luz dos dados atuais, a Volkswagen "não espera restrições significativas da produção" das suas fábricas.
A construtora "está coordenada com as companhias de transporte marítimo e a monitorizar a situação de forma próxima para medir o impacto na produção e cadeia de mercado para - tanto quanto possível - a evitar".
Na mesma nota, a empresa escreve que "quase todas as grandes companhias de transporte marítimo começaram a refazer as rotas dos seus navios já em dezembro", o que "assegura que a carga chega ao seu destino, ainda que com ligeiro atraso".
Ao largo do Iémen, no mar Vermelho e no golfo de Aden, os rebeldes Huthis, em guerra há cerca de uma década contra o Governo iemenita, estão a tomar como alvo navios mercantes que considerem ligados a Israel.
Os rebeldes afirmam realizar estes ataques em solidariedade com os palestinianos de Gaza, território palco da guerra desencadeada pelo exército israelita na sequência do ataque de 7 de outubro, perpetrado pelo movimento islamita Hamas em Israel.
Os crescentes ataques dos Huthis levou, nos últimos dias, a uma resposta das forças militares norte-americanas e britânicas, visando, na semana passada, perto de 30 locais no Iémen.
Esta quarta-feira, Washington voltou a qualificar "de terrorista" os Huthis, apoiados pelo Irão, depois de em 2021, para facilitar a ajuda humanitária, ter retirado o movimento da lista de organizações terroristas.