
O presidente do BCE afirmou que a zona euro «pode estar a viver um período prolongado de inflação baixa», que deverá ser seguido por um período em que o nível dos preços estará «abaixo, mas perto dos 2%».
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«A análise económica indica que podemos estar a viver um período prolongado de inflação baixa, que será seguido por um movimento gradual de aumento para uma inflação abaixo, mas perto dos 2%», afirmou hoje Mario Draghi, em conferência de imprensa, em Frankfurt.
Reiterando que o BCE considera que a zona euro não está a assistir a um movimento de deflação, Mario Draghi afirmou que a discussão de hoje foi sobretudo sobre quando agir e não sobre a necessidade de agir.
«A maioria dos membros considerou que há evidências suficientes (...) para agir agora, outros consideraram que há informação a ser divulgada nos próximos meses. O debate foi sobre agir agora ou não e não sobre a necessidade de agir», disse o presidente do BCE.
Mario Draghi afirmou que «o ajustamento dos desequilíbrios [dentro dos países da zona euro] é muito mais difícil com uma inflação de 0% do que com 2%», acrescentando que as expectativas para a inflação no médio prazo continuam em linha com o objetivo do BCE.
Mario Draghi referiu que no mês passado o BCE tinha dito que, se as perspetivas para a inflação mudassem, o Banco Central Europeu ia agir, defendendo que foi isso o que aconteceu.
Quanto à fragmentação financeira, o presidente do BCE afirmou que «tem estado em declínio desde julho do ano passado e até há três ou quatro meses», defendendo que desde então «a situação é estática».
«Agora temos a mesma situação que tínhamos há três meses e pensamos que estas decisões vão ajudar os bancos saudáveis localizados em zonas problemáticas da zona euro a ter um acesso mais fácil ao mercado interbancário», defendeu.