Os CTT confirmaram esta tarde, num esclarecimento enviado às redações, o encerramento de 22 balcões. A Comissão de Trabalhadores disse à TSF que foi apanhada de surpresa pelo anúncio.
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A administração dos CTT confirmou o fecho de 22 lojas no âmbito do plano de reestruturação anunciado em meados de dezembro que, segundo a Comissão de Trabalhadores dos Correios de Portugal, vai afetar 53 postos de trabalho. O jornal online Eco tinha avançado hoje que os CTT iriam encerrar 22 lojas.
Num esclarecimento enviado às redações, os CTT referem que "tal como já tinha sido tornado público anteriormente, (...) confirmam o plano de adequação da sua rede envolvendo estes 22 pontos de acesso, inseridos nos mais de 2300 existentes e dos mais de 4000 agentes PayShop, que nesta fase ainda não tem data marcada".
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O encerramento destas 22 lojas "não coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos [...] clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso nas zonas respetivas que dão total garantia na resposta às necessidades face à procura existente", garantem os CTT.
A notícia apanhou de surpresa a Comissão de Trabalhadores dos CTT. José Rosário, coordenador da comissão de trabalhadores, garantiu à TSF que a decisão de fechar mais de 20 lojas não foi comunicada aos funcionários pela administração.
"No dia 27 [de dezembro] tivemos reunião com a administração. Nunca nos foi colocada uma questão de despedimentos coletivos nem de encerramento sumário e de elevado número de lojas", disse.
"Vinte e duas estações de uma só vez, estamos a falar de cerca de 10% das estações que estão abertas a nível nacional", constatou José Rosário, acrescentando que a medida tem "um peso muito grande".
Em causa estão os seguintes balcões: Junqueira, Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente, Socorro (Lisboa), Riba de Ave, Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde, Filipa de Lencastre (Belas), Olaias (Lisboa), Camarate, Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Porto), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede, Aldeia de Paio Pires e Arco da Calheta (Madeira), de acordo com informação disponibilizada pela Comissão de Trabalhadores dos CTT.