
Leonhard Foeger/Reuters
Despesa aumentou e receita caiu. Governo lembra fatores temporários.
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O défice das contas públicas atingiu até maio 2.225 milhões de euros, um acréscimo de 1.592 milhões euros face ao mesmo período do ano passado.
A despesa aumentou 2,9% nos primeiros 5 meses do ano, "refletindo o aumento da despesa no Serviço Nacional de Saúde e o acréscimo dos encargos com o pagamento de cupões de swaps em várias empresas públicas", explica o ministério das Finanças em comunicado.
Do lado da receita, há uma queda de 2,3%, "afetada pelo aumento dos reembolsos de IVA e IRS e pelo adiamento na entrega do modelo 22 do IRC de maio para junho". O ministério das Finanças garante que "a maior parte destes efeitos dissipar-se-á nos próximos meses".
"Quando corrigidos os fatores especiais que influenciam a execução em contas públicas, mas não afetam o saldo anual em contas nacionais, esta evolução encontra-se em linha com a melhoria prevista em contas nacionais inscrita no Orçamento do Estado 2018", garante o governo.
De acordo com o boletim de execução orçamental, as receitas caíram 7% no IRS e 73,6% no IRC. Nos impostos indiretos, o Estado arrecada mais dinheiro em todas as rubricas, com destaque para o IVA, em que se verifica um aumento de 5,2%, e para o ISP (imposto sobre produtos petrolíferos), em que há um acréscimo de 2,2%.
Sem contar com os juros (saldo primário), o excedente ascendeu a 1.505 milhões de euros.
[Notícia atualizada às 18:28].