A despesa com pensões e complementos deverá aumentar 5,1% no próximo ano, para 16,7 mil milhões de euros, de acordo com o relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado para 2018.
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Segundo o documento, a despesa com pensões e complementos, que representa mais de 60% da despesa total da Segurança Social, deve-se sobretudo à atualização das pensões e do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), às novas medidas de valorização das carreiras contributivas muito longas e ao fim do corte aplicado quando as pensões de invalidez passam a pensões de velhice aos 65 anos de idade.
Já na despesa com o subsídio de desemprego e prestações de apoio ao emprego prevê-se uma redução de 4,3%, para 1,3 mil milhões de euros em 2018, sobretudo devido à "redução da taxa de desemprego prevista e da recuperação esperada ao nível do emprego".
A despesa total da Segurança Social será superior em 6% ao valor previsto para 2017, atingindo 27,1 mil milhões de euros.
Por sua vez, a receita total da Segurança Social deverá crescer 3,6% face a 2017, para 28 mil milhões de euros, influenciada pelo aumento de 5,6% das contribuições e quotizações, pela subida de 30% das transferências da União Europeia e pela redução das transferências do Orçamento do Estado.
O saldo da Segurança Social deverá assim cair em 564,4 milhões de euros no próximo ano, situando-se em 973,6 milhões, de acordo com o relatório.