As autarquias do Algarve anunciaram que votaram por unanimidade, este fim de semana, a introdução de uma taxa turística a aplicar por todas as autarquias da região. Mas Silves diz estar contra.
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A Câmara Municipal de Silves explica que não esteve presente na reunião do último fim de semana, em que ficou decidida a aplicação de uma taxa turística por todas as autarquias na região, mas garante que comunicou previamente por escrito que discordava da medida.
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Rosa Palma, presidente da Câmara de Silves, duvida da legalidade da taxa que considera ser "um imposto encapotado".
Mesmo que as restantes 15 câmaras municipais do Algarve implementem a medida, a autarquia de Silves assegura que nunca o fará. "Só poderíamos taxar se houvesse alguma contrapartida e, neste caso, não é o que acontece", salienta a presidente da Câmara.
A autarca, eleita pela CDU, considera que, ao invés de os municípios cobrarem taxas, tem de ser o Estado a cumprir a lei das Finanças Locais e a dar condições financeiras às autarquias.
Rosa Palma julga que a criação desta taxa só irá acentuar as assimetrias regionais e ironiza com a situação. "Começa-se com a taxa de proteção civil, agora com a taxa turística, a seguir vamos ter uma taxa médica para ter médicos no concelho, depois professores,... Enfim, penso que não é este o nosso caminho e não posso concordar de maneira nenhuma".