O comício de Lisboa na noite de quinta-feira (21) foi o culminar de uma segunda parte de campanha mal sucedida para Maria de Belém, que começa com o problema gerado à volta da subvenção dos políticos.
Corpo do artigo
Depois de um início de campanha morno, marcado por visitas a centros de dia, lares e hospitais, Belém acorda como candidata ao final do terceiro dia de campanha, no jantar-comício de Viseu, após o discurso do socialista Jorge Coelho.
Apresenta-se depois uma Belém mais descontraída e mais próxima da população, com ações de campanha de rua e a vincar as suas ideias sobretudo na feira.
Em Gimonde, no distrito de Bragança, Maria de Belém que até ao momento apenas reagia indiretamente aos seus opositores, reage pela primeira vez diretamente a Sampaio da Nóvoa e à máquina do PS que acusa estar por trás da candidatura do independente.
Depois deste ponto alto, a paragem provocada pela morte de Almeida Santos, coincidente com a polémica das subvenções dos políticos abala com intensidade a dinâmica da campanha da candidata.
Apesar de dizer que respeita todas as decisões do Tribunal Constitucional e de lutar sempre pelos seus direitos para poder lutar pelo direito dos outros, a imagem de Maria de Belém saiu fragilizada perante os portugueses, sendo difícil que as mensagens transmitidas nestes últimos comícios altere as intenções de voto.
À TSF, Maria de Belém faz um balanço positivo da campanha em relação a ter passado a mensagem das causas pelas quais luta e defende, mas considera que houve ataques ao seu caráter. "Aquilo que foi a principal vontade foi que fosse feita uma campanha com dignidade, que não se mudasse de discurso consoante a circunstância, e para ganhar votos não vale tudo, por isso é preciso manter coerência até ao fim. O que houve foi ataque de caráter, que eu pensei que não fosse possível no meu país", afirma.