Coligação insiste no radicalismo do PS e lembra que PSD e CDS viabilizaram OE socialista
Pedro Passos Coelho voltou a acusar em Penafiel o PS de radicalismo, dizendo que até os socialistas europeus mais radicais são "mais prudentes" que o principal partido da oposição.
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Num jantar comício com mais de três mil militantes do distrito do Porto, o candidato da coligação considerou que "a campanha já vai longa" e os portugueses "já conseguem perceber à légua" quem "deu o litro" e "fez mais pelo país". E lembrou o que PSD e CDS fizeram quando estavam na oposição.
"Quando nós estivemos na oposição, há anos atrás, nunca pusemos em causa a viabilização de um orçamento de um governo minoritário ou pedimos a votação do programa de governo para o deitar abaixo", sublinhou, acrescentando que "ainda não havia coligação em 2009, mas os dois partidos na sua genética tiveram na oposição um comportamento responsável que punha o país e o interesse dos portugueses à frente".
Para Passos Coelho "até os socialistas europeus mais radicais, são mais prudentes" do que o PS. "Até esses, quando ganharam as eleições na Grécia perceberam em seis meses que, ou punham o radicalismo de lado ou então era o país que os punha de lado para resolver os problemas", assegurou.
Depois de Aguiar Branco, cabeça de lista da coligação pelo distrito do Porto ter comparado António Costa à coordenadora do Bloco de Esquerda e ter dito "Jerónimo de Sousa à beira de António Costa é um moderado", Passos pediu "pudor à oposição nas críticas ao governo e concluiu que os portugueses podem agora "comparar e comparar bem". Porque à coligação "só interessa um bom resultado para Portugal", que é uma maioria PSD/CDS.