Muitas cadeiras vazias no comício da candidata em Lisboa. Independentemente das sondagens, Maria de Belém garantiu continuar na corrida à presidência da República. Esta noite, a candidata lançou farpas a quem está a usar a questão das subvenções para denegrir a sua imagem. Quanto às sondagens, de uma mulher de causas e de trabalho público.
Corpo do artigo
Maria de Belém refere que a sua campanha poderá não ter sido muito mobilizadora, mas o mais importante é ter ânimo e coragem, deixando a avaliação final apenas para o próximo domingo.
Questionada pelos jornalistas, antes de discursar na FIL, sobre os resultados das sondagens conhecidos esta quinta-feira, a candidata disse vê-los com "naturalidade" considerando que a distância que a separa do candidato Sampaio da Nóvoa não a preocupa, uma vez que os verdadeiros resultados são aferidos na noite eleitoral.
Depois de tomar a palavra, perante uma plateia reduzida, Maria de Belém diz-se incapaz de levantar a voz para ofender o Tribunal Constitucional dizendo que as suas decisões são vergonhosas, como fizeram outros candidatos.
E ainda em relação às subvenções, garante Belém, há um equívoco: "E agora todos os que se dizem contra essa subvenção não ouvi um, nem uma, a apresentar qualquer iniciativa no sentido de acabar com essa subvenção antes de um primeiro-ministro de um governo socialista o ter feito", referindo-se ao momento em que José Sócrates lançou a iniciativa de cortar as subvenções dos políticos.
Maria de Belém garante que nunca escondeu a sua assinatura fosse do que fosse e contou com o apoio de Vera Jardim, que lembrou que a campanha está a ser difícil, mas que para já valeu a pena. "É uma coisa bem diferente de prometer tudo a todos dia sim, dia não, por isso a saúdo. Minha cara Maria de Belém todos sabemos que esta campanha não foi fácil, mas a um dia útil do fim há uma coisa que todos os que estiveram empenhados nesta campanha podem dizer: valeu a pena".
Num discurso morno, em baixo tom, Vera Jardim sublinhou a candidata de causas, que defende o papel do Presidente da República e não se foca como outros num autêntico programa de governo.